terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Por uma cultura de paz

Por uma cultura de paz Como se faz para alcançar a paz? Antes da modernidade, esta era uma questão mais individual que coletiva. Com a modernidade e todos os avanços que se seguiram, como a expansão do conhecimento e das tecnologias, o impulso da industrialização, do capitalismo e da globalização, enfim, delineou-se um conjunto de mudanças que levou a sociedade ocidental a caminhos complexos e a ter uma preocupação não somente no plano individual, mas prioritariamente no plano coletivo. O grupo, mais que o indivíduo, passou a ser olhado com maior atenção. Por outro lado, essas mudanças e transformações afetaram as estruturas econômicas, políticas e, principalmente, as socioculturais. A paz transformou-se em uma preocupação das pessoas, porque cada um deve tomar para si essa responsabilidade, e os estados e seus governantes passaram a encará-la de forma a configurar se uma necessidade coletiva a ser construída em parceria, numa busca incessante com a participação de todos. Então teríamos a seguinte questão: como se faz a paz? Considerando a sua construção como um objetivo político dos governos democráticos, ela se faz por meio de políticas públicas que busquem fortalecer a família, possibilitar o desenvolvimento autônomo dos indivíduos e das comunidades, a igualdade, a inclusão socioeconômica e o acesso aos direitos básicos de cidadania, dentre eles o direito à educação, à saúde e ao lazer. O desenvolvimento dessa visão e ações voltadas para a promoção da paz podem se constituir através do interesse e participação de cada indivíduo, de políticas, programas e projetos ou no apoio e incentivo às ações educativas do cotidiano, ricas e criativas, que contribuam para a reflexão e o desenvolvimento de práticas sociais voltadas para a construção e o fortalecimento da paz entre os homens e mulheres na sociedade contemporânea. A parceria com a UNESCO, nesta reedição sem custos da cartilha “Paz como se Faz?”, cria a oportunidade de reforçar os programas e projetos do Estado voltados para o apoio à juventude e à construção da paz nas famílias e nas escolas de Aracaju, oferecendo um material de extrema riqueza e criatividade como reforço às reflexões e atividades desenvolvidas com e entre os mais diversos grupos sociais que participam dos programas e projetos estaduais. No rastro das preocupações sociais frente à crescente violência, o Estado assume a responsabilidade de não somente implantar políticas de repressão, mas, fundamentalmente, desenvolver programas de prevenção em busca de uma sociedade mais harmônica, justa, democrática e pacífica. Assim, procuramos junto à família e à escola reconstruir os laços necessários para o fortalecimento de uma rede de solidariedade, vencendo o desafio de reduzir a violência e ampliar as práticas cotidianas de generosidade, compreensão, respeito à vida e à diversidade cultural, de gênero, raça, sexo; e ainda construção da autonomia e liberdade; democracia e participação; igualdade e justiça. Dessa forma é possível entender a paz como um esforço e um desafio que precisa converter-se em processo permanente de construção coletiva para todos nós.
Fonte: http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001467/146767por.pdf

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